sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Crianças pré-termo ou prematuras
Crianças pré-termo ou prematuras são bebês que nascem com menos de 37 semanas de gestação (GOMES; QUAYLE; NEDER; LEONE; ZUGAIB, 1997).
A expectativa da família em relação à chegada do seu bebê é composta de vários sentimentos, amor, medo, ansiedade, preocupação, insegurança, entre outros; porém, quando o parto é prematuro, estes sentimentos tornam-se exacerbados, influenciando em todo o processo de adaptação familiar. A prematuridade enquanto condição, mesmo não produzindo conseqüências ou limitações à criança, interfere no cotidiano familiar e faz com que a família desenvolva estratégias dentro e fora do lar, para lidar com a situação (GAÍVA; FERRIANI, 2001), tornando necessário que a família prepare um ambiente centrado e acolhedor às suas necessidades, para que futuramente não apresente alterações emocionais e de comportamento.
Desde os primeiros momentos de vida dessa criança, os cuidados com a alimentação, higiene, as normas de conduta, os controles e a afetividade ocorrem na família, que inicia seu processo de socialização (GAÍVA; FERRIANI, 2001).
Devido ao medo, à insegurança, à preocupação dos pais após a alta hospitalar, faz-se necessário um suporte à relação família-bebê, haja vista que ela tem maior valor no processo de desenvolvimento do prematuro.
Este suporte pode ser encontrado em grupos de estimulação precoce/essencial, que são de fundamental importância e contribuem para a integração pais-bebê. Segundo Herren e Herren (apud MARTINS; MOSER, 1996), a estimulação precoce é um conjunto de processos preventivos e/ou terapêuticos para assegurar à criança um melhor intercâmbio com o meio em que vive durante a primeira infância.
Estimulação é o que todo bebê ou criança recém-nascida necessita para desenvolver as suas capacidades. Já a intervenção precoce atua de forma efetiva visando ajudar a criança com alteração em seu desenvolvimento, desde os primeiros momentos de vida. A estimulação precoce, sendo utilizada de forma preventiva, pode evitar déficits psicomotores, além de estimular a integração afetiva entre o bebê e sua família.


Navajas, A. F.; Caniato F. Estimulação precoce/essencial: a interação
família e bebê pré-termo (prematuro). Cad. de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenv. São Paulo, v. 3, n. 1, p. 59-62, 2003.

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